sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Domingo,  14 de Novembro, pensei que não precisava de sair muito cedo de casa, porque, supostamente, não havia trânsito pois estava a chover. Contudo, esqueci-me de uma personagem mítica da sociedade portuguesa, o domingueiro ou condutor de fim-de-semana!
 
 
Deixo-vos uma definição de domingueiro:
"Condutor(a), normalmente com idade superior a 50 anos (mas cada vez mais, há pessoas mais jovens a aderir a esta moda!), que só pega no automóvel ao fim-de-semana e, sobretudo ao domingo!
Tem como característica principal não conduzir a mais de 20 km/h em cidade e de 50 km/h em autoestrada (com sorte)! Não tiram os olhos da estrada, embora não apresentem qualquer sinal de concentração. Travam a cada 10 segundos, sem qualquer motivo aparente. O seu principal objectivo é enervar todos os outros condutores!"

Peço desculpa se ofendi alguém, mas apanhei pelo menos seis domingueiros em pouco mais de três quilómetros!!

Assim não dá, principalmente se um gajo já tem pouca vontade de ir trabalhar... 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O jogo...

Cliente: Vai dar o jogo (Porto- Besiktas) na SIC, vão pôr a dar? Porque senão eu vou para casa...
Vendedor: Sim, vamos transmitir o jogo...
Cliente: Ok, senão eu ia para casa...

Um pouco de saudosismo ...

Bem, não sei se se lembram desta musica, mas ouvi-a ontem na rádio e o refrão nunca mais me saiu da cabeça...

Aproveitem...

Boitezuleika "Cão Muito Mau"


a noite esta muito muito fria
corres o risco de apanhar pneumonia
aparece uma fada
e como por magia
agita uma varinha
e transforma a noite em dia
sou um cão muito mau
porque não me dão afecto
mas se me mexem no pilau
dou pulinhos até chegar ao tecto

a noite esta muito muito fria
corres o risco de apanhar pneumonia
aparece uma fada
e como por magia
agita uma varinha
e transforma a noite em dia
sou um cão muito mau
porque não me dão afecto
mas se me mexem no pilau
dou pulinhos até chegar
dou pulinhos até chegar
dou pulinhos até chegar ao tecto

a noite esta muito muito fria
corres o risco de apanhar pneumonia
ai mulher tu nessa condição
corres o risco de virar uma tentação
sou um cão muito mau
porque não me dão afecto
mas se me mexem no pilau
dou pulinhos até chegar
dou pulinhos até chegar
dou pulinhos até chegar ao tecto

a noite esta muito muito fria
corres o risco de apanhar pneumonia
aparece uma fada
e como por magia
agita uma varinha
e transforma a noite em dia
sou um cão muito mau
porque não me dão afecto
mas se me mexem no pilau
dou pulinhos até chegar
dou pulinhos até chegar
dou pulinhos ahhh

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O eterno retorno de Friedrich Nietzsche

Apesar de já ter lido o livro A Gaia Ciência (em alemão: Die fröhliche Wissenschaft) à alguns anos houve uma passagem que nunca esqueci, a do eterno retorno, e por algum motivo que de momento não me recordo lembrei-me de a partilhar.
Parece-me interessante o facto de Nietzsche questionar a ordem das coisas. Apresentando um mundo não feito de pólos opostos e inconciliáveis, mas de faces complementares de uma mesma e múltipla, mas única realidade. Sendo que o bem, o mal a angustia e o prazer, são instâncias complementares da mesma realidade, instâncias estas que se alternam eternamente. Como a realidade não tem objectivo, ou finalidade (pois se tivesse já a teria alcançado), a alternância nunca finda. Ou seja, considerando-se o tempo infinito e as combinações de forças em conflito que formam cada instante finitas, em algum momento futuro tudo se repetirá infinitas vezes. Assim, vemos sempre os mesmos factos retornarem indefinidamente.

Deixo-vos então o excerto do livro para vosso deleite e reflexão,

"E se um dia ou uma noite um demónio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demónio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: "Tu és um Deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"

terça-feira, 2 de novembro de 2010